Rodando mas não tanto

Na segunda quinzena de julho/17 o “jipão” estava rodando, voltamos os 20 e poucos km da oficina até a nova garagem sem problemas, só uma paradinha para abastecer.  Estava sem o tanque, rodando apenas com um pequeno galão com menos de 10 litros. Chegamos na garagem emprestada da sogra sem maiores problemas, mas, ao chegar, derreteu o fio que liga o amperímetro ao dínamo. Enfim, fora da oficina e eu mesmo iria resolver as demais questões pendentes e detalhes que surgiram.

Verificado no manual, o fio era muito fino mesmo, falha de conversão da bitola quando fizemos a elétrica.  Uma troca resolveu, pois, apesar do cheiro de queimado, foi só a capa que estragou e não teve nenhum curto.

Em agosto o novo tanque ficou pronto e coloquei no lugar.  Depois disso, a comando começou a apresentar uma falha muito chata: rodava um pouco e começava a falhar, sempre após o motor esquentar.  Depois de uns minutos parado, tudo volta normal.  Conferimos a bobina, mas não era. Revisamos a bomba de combustível com peças novas que eu mesmo tirei da embalagem original, nada. Linha de combustível, não.  Parava no posto, abastece, volta a rodar normal.    Drena o tanque e descobre que tem mais uns 20 litros lá,  deveria rodar normal.   Depois de drenar o tanque duas vezes, passamos a suspeita para o tanque,  mas depois de voltar a usar o galão o problema persiste.

Depois de tanto abrir o dreno do tanque, a vedação já não era a mesma e estava pingando gasolina, também tinha espanado a rosca do niple que liga o tanque na linha de combustível e decidimos aposenta-lo por algum tempo.

Cheguei a arrumar o marcador original que tínhamos para funcionar.  Ficou bom, mas infelizmente depois de uns dias houve um curto circuito internamente e parou.  Decidi não arrumar mais e coloquei uma réplica no lugar.  Gasolina e curto circuito são uma combinação explosiva, melhor não arriscar.

Continuei usando ela ao longo do ano em percursos curtos, algumas vezes voltando rebocado.

Outra coisa que notei é que o óleo ficava com a pressão muito alta, o que significa que estava muito grosso. E alguns vazamentos aqui e ali, como esperado.

Durante esse período instalei a lâmpada de blackout e fiz pequenas melhoras.

Em outubro e novembro/17, trocamos os retentores da ponta de eixo e foram realizados ajustes no freio, que baixava muito depois de um tempo parado.  Logo em seguida, começou a vazar água do radiador, um ponto que tinha um remendo estourou...

Funcionando, mas muito por fazer

Logo no primeiro dia de oficina já estavam com o motor funcionando e tinham feito uma limpeza externa, mas ainda tinha muito para fazer.

A bomba de combustível não estava 100%, a bateria já tinha estragado depois de tantos anos sem carga, precisava abrir a parte baixa do motor para limpar, troca de água que nessa altura já tinha ficado marrom, carburador com sujeira, distribuidor precisando um trato, e toda a linha de combustível e tanque que nunca consegui utilizar precisavam de verificação. Também pedi para olharem os diferenciais e outras partes que ainda não tinham passado por manutenção. Os freios também já não estavam aquela maravilha, com vazamentos e prendendo. 

Aberto o motor, o óleo no fundo do carter parecia pixe, restos acumulados de antes de eu iniciar primeira leva de trabalho 2007. 

Linha de combustível também deu trabalho, com alguns pontos de vazamento em emendas. O filtro de combustível também não estava aquela maravilha.  Problemas que foram sendo contornados, mas a bomba de gasolina não aguentou e precisou reparo.  A questão é que precisava ser importado e leva um tempo. 

Coroa e pinhão dianteiros muito desgastados e optamos por deixar fora, junto com os semi eixos, não pretendo fazer nenhum trajeto que possa precisar de tração dianteira, o conserto é somente preciosismo para ter tudo como original e ficará para depois. 

Outros probleminhas como alguns prisioneiros de roda com problema, resolvidos com o torneiro.  

O tanque original tinha um pequeno vazamento, mesmo depois dos inúmeros reparos que já haviam sido feitos há alguns anos.  Na tentativa de corrigir, acabou ocorrendo um acidente que não machucou ninguém, por sorte, mas fez desistir de aproveitar o tanque original. Acabei encomendando um novo. 

Junto com o reparo da bomba, importei mais algumas peças originais para substituir as que estavam na dodge e não eram corretas. 

Enfim, muito trabalho conduzido pelos João e Jean que ficaram com a comando na oficina até 19/Jul/17.

Retomando!

Retomando o registro do progresso nos último 4 anos.

Depois de mais de 5 anos parado, em dez/16, resolvi retomar o trabalho na dodge.  Entrei em contato com o Saldanha, que já havia me auxiliado antes para conseguir um mecânico que pudesse ajudar. Ele tinha sim indicação de mecânicos, mas já com agenda cheia para os próximos meses. Fiquei no aguardo. 

Em jan/17,  preparando para retomar os trabalhos constatei que um dos pneus havia estourado, além do step que já estava estourado fazia tempo.  Outros 3 murchos, ficaram quadrados depois de encher.  Já fazia muito tempo que eu procurava pneus e não encontrava nada.  Dessa vez, algumas opções, mas com preços absurdos variando de 1500 a 3500 a unidade e eu precisava 4.  Só os pneus já estouravam meu orçamento.

Em fevereiro/17,  após muitas tentativas, finalmente encontro pneus novos, na medida e modelo corretos, num preço justo (R$900,00) a unidade!   Tentaria ir buscar em outra cidade, mas não consigo.  Encomendo assim que posso e sou surpreendido por um frete com valor muito camarada(R$ 40,00). Pneus entregues no início de abril.  Nesse período compro câmaras e bicos novos. Em 8 de abril monto um dos pneus e vejo q tudo deu certo.  

Durante esses meses, minha vaga na oficina apareceu. Em 10 de abril/17 levo de guincho para o João e o Jean. Dia 11 já estavam com a comando funcionando! Fico muito feliz, pois esperava mais trabalho.  Ainda assim precisávamos revisar muitas outra coisas e isso era só o início.

Fim de ano, poucas novidades

Já faz um tempo que eu fui a empresa para tentar colocar o dínamo no lugar sozinho. Quase me machuquei seriamente, uma corda que estava usando para me ajudar estourou por conta do peso.

Por sorte a peça estava a poucos cm do solo e também não caiu no meu pé. Apesar disso um toco de madeira me acertou e fiquei com um galo na testa por alguns dias. Consegui colocar a peça no lugar depois de muito trabalho. Não liguei-o na parte elétrica pois pretendia testa-lo separadamente da caixa reguladora de voltagem antes de ligar tudo e correr o risco de queima-lo novamente.

Para testar eu pretendia dar a partida no motor e medir a carga gerada em marcha lenta, conforme indicado no manual que encontrei, porém não consegui dar partida. A bomba de gasolina começou a vazar razoavelmente, e creio que precisarei trocar a junta. Talvez tenha estragado porque fiquei mais alguns meses sem poder utilizar, enquanto aguardava o dínamo ser colocado no lugar.

Além deste vazamento, que atrapalhou, porém não impediria deixar o motor funcionar por um tempo curto, a bateria estava descarregada e deu apenas algumas voltas muito fracas no motor.

Já estava cansado e fiquei um pouco decepcionado por novos problemas surgirem antes mesmo de eu poder dar uma volta tranquila. Acreditava que estava "quase lá". Decidi seguir o conselho do Saldanha, que diz que no momento em que deixar de ser uma atividade de lazer é melhor parar. Resolvi que estava na hora de dar um tempo.

Aproveitei para me dedicar as pendencias que tinha com o apartamento (resolvi montar, eu mesmo, alguns dos móveis), casamento e também descansar alguns finais de semana. Decisão acertada, pois já estou sentindo falta de gastar mais algumas horas na restauração. Mas talvez ela tenha que esperar, a proximidade do casamento está fazendo com que eu precise dedicar-me a resolver algumas questões. O trabalho também está um pouco mais "puxado" e trabalhei durante
os sábados pela manhã em 3 das últimas 4 semanas.

Dinamo e filtro de combustível

Na semana passada eu havia pego o dínamo no conserto e já fazia um pouco mais de uma semana que o tratamento do interior do filtro de gasolina havia ficado pronto.

Neste último domingo levei as peças para a empresa, mas, como estava com pouco tempo e sozinho, não pude instalar o dínamo. O filtro de gasolina que havia sido jateado estava começando a oxidar na parte externa, que não está coberta de resina. Aproveitei para limpar com uma escova de aço e aplicar uma camada de wash primer.

Os pneus ainda não baixaram desde a última vez que calibrei, faz uns 2 meses, ou alguma boa alma está mantendo-os calibrados.

No sábado eu fiz um teste com o dínamo, aparentemente ele está funcionando. Pelo menos consegui acender uma lâmpada com a energia gerada por ele. Vou me esforçar para montar neste próximo final de semana. Ainda quero verificar se o regulador de voltagem está funcionando, pois estou com medo que ele possa ser a causa do problema com o dínamo. Ainda preciso investigar como testa-lo.

Escapamento e dínamo

Hoje pela manhã, depois de resolver algumas questões pessoais fui com o Saldanha até a empresa, levando o escapamento novo. Quando chegamos, o Luciano, que está novamente em Curitiba, já estava aguardando.

Colocamos o escapamento no lugar, mas acabou demorando mais que o previsto e não foi possível soldar tudo no tempo que tínhamos disponível. Por conta disso precisaremos termina-lo amanhã.

Durante a tarde eu e o  Luciano aproveitamos para retirar o dínamo da comando e o motor de arranque do Studebaker. Também prendemos 2 braçadeiras que estavam soltas na linha de combustível dianteira.


Abrimos o dínamo e realmente está queimado e precisará ser enrrolado. Aproveitamos para lubrificar bem os rolamentos, que estavam meio pesados.

Linha de Combustível III

Já faz um tempo que venho relutando em importar um filtro de combustível novo. Estou preferindo recuperar o que já tenho. O problema é que não sabia como iria adaptar filtro moderno dentro dele, também não encontrei um elemento filtrante antigo para colocar no mesmo lugar.

Como estaria trabalhando sozinho novamente, não poderia mexer com o dínamo. O escape novo está pronto, mas as abraçadeiras necessárias para instala-lo ainda não.  Então não restou muito a fazer a não ser trabalhar com o filtro.

Escolhi para esta primeira experiência o filtro mais barato disponível no posto de gasolina que parei, um investimento de R$6,50, e fui até a oficina. Desmontei o filtro e ví que a solução é aparentemente simples. O filtro tem um furo na parte superior por onde o combustível sai, e o restante e fechado.  Comecei aumentando este furo, pois ali eu preciso passar o parafuso que fecha o filtro da comando.  No outro lado, abri um furo do mesmo diâmetro do parafuso e pronto. Encontrei alguns anéis de borracha para vedar os pontos de contato do filtro e pronto.

Deixei o filtro com o Agostinho, ele vai fazer o favor de jatear o interior do filtro e fechar os furos com solda. Depois faremos o mesmo tratamento aplicado ao tanque de gasolina. Isso deve garantir que a gasolina não irá atacar o metal novamente.

Aproveitei para medir a pressão do pneu que eu havia "consertado" na semana passada. Não é que ainda está com a mesma calibragem! Meu remendo, feito com uma pasta de vedação meio ressecada que encontrei funcionou. Agora posso ficar um pouco mais tranquilo com o pneu, sem medo de encontra-lo rasgado.

Seguem as fotos detalhando o "invento" do dia.

Filtro que desmontei e o elemento filtrante.

Furo para a saída de combustível, já alargado.

Novo furo, na medida do parafuso, para facilitar a vedação.

Montagem proposta. Furo inferior, entrada de combustível. Superior, saída de combustível já filtrado.